Falta tanta coisa na minha janela, como uma praia... Sobra tanto espaço, dentro do abraço...

Eis que você tem a oportunidade de construir sua cassa dos sonhos... uaaauuuu.. q coisa maravilhosa...

Começa então a planejar, projetar e construir...

Preocupa-se com cada detalhe, interno e externo, a cor da parede, o formato da janela, cada coisa combinando. E começa também a cuidar do jardim, uma flor mais bela que a outra, a grama toda cortadinha, canteiros impecáveis, a fachada sempre limpinha. Simplesmente a casa é deslumbrante e sorridente.

Algumas pessoas passam e se alegram, admiram, comentam, entram... Porém outras simplesmente passam por cima das suas plantinhas, pisam na grama, arrancam as flores, jogam bola contra as paredes...

Pois é... A situação começa a ficar desagradável... Afinal é a SUA casa... Então surge a brilhante idéia: construir um muro. E então começa a construção do muro. Como a situação está realmente te chateando, você aproveita e constrói um muro bem alto, fechado, seguro.

Enfim, ele está pronto, agora ninguém mais pode invadir, não pisa, não estraga, não arranca, não machuca... Mas também não vê, não pode admirar, não pode entrar... E a casa continua intacta, linda... Porém sozinha.

Então... Quais os limites do nosso ser? Porque somos tão extremos. Ou nos isolamos, ou nos permitimos ser invadidos e não colocamos limites? Porque não construir uma cerca, que demonstra que deve se tomar cuidado, mas que mesmo assim, existe abertura para olhar e entrar?



P.S. : créditos da analogia tão propícia pra minha amiga Andressa... bem isso...