sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

" Saiba, todo mundo teve medo, mesmo que seja segredo."



... Como toda boa menina, lá estava eu fazendo compras no shopping, paraíso feminino no senso comum... até q de repente, como um furacão ele veio... acelerou o coração, trouxe uma tontura, um arrepio... , que não provinham da emoção de fazer compras... "Mãããeeee.... preciso sair daqui... eu vou morrer"...assim, ele entrou na minha vida: o pânico! Sem pedir licença, sem aviso prévio, sem manual do usuário, e sem dar as boas vindas!

Frescura, esse negócio de pânico, de medo... q coisa tola, imagine, ter que se empenhar para subir lances de escada apenas por nao entrar no elevador, fazer rotas alternativas para ir a lugares de vidros fechados, escolher sempre um lugar na janela, deixar de ir a shows, cultos e congressos com mais pessoas do que vc conheça, não dormir mais de porta fechada, de luz apagada...tudo frescura!
...parede verdinha, cama inclinada, braço picado, mulher de branco te olhando... e.. a frescura fez com que chegasse lá: "bom dia, eu sou Dr. Paulo, seu neurologista, e logo vc também conhecerá seu psiquiatra.."
mas porque? como cheguei nesse ponto? de menina corajosa e inteligente..; agora medrosa? louca? instavel? incontrolada?

assim foram dias, semanas, meses, mais de ano... dias melhores, dias piores, dias sem cirses e dias críticos... dias sozinhos, dias com algum amigo que se dispusesse a acredutar que era mais que frescura... mas todos esses dias perguntando.. por que?

até que CANSEI! chega! já que o por que não tem resposta, mudemos a perguta: PARA QUE e ATÉ QUANDO?

assim, o medo se tornou uma busca pela descoberta, pelo aprendizado, uma ferramenta para o controle emocional, para o conhecimento da identidade, e ardua tentativa de conseguir explidcar isso ao próximo e se fazer entender...e além de tudo.. o que era uma revolta contra Deus.. tornou se uma dependência, uma parceria, um experimentar do verdadeiro amor, que realmente lança fora o medo...

depois de ano sem crises, não sem medo, nem se sensações de que ele está la a porta, mas sem o descontrole, sem o render-se ao pânico, eu penso... podia ter sido diferente.. sim podia... mas ai a escolha.. o olhar para tras.. frustração ou superação?

como ja disse meu querido pequeno príncipe:

"é precisso suportar duas ou tres lagartas se quiseres conhecer as borboletas"